Faleceu no sábado, 31 de agosto, aos 83 anos, a ex-senadora Maria do Carmo Alves (Democratas-SE). Ela lutava contra um câncer no pâncreas e estava internada no Hospital São Lucas, em Aracaju, onde também fazia hemodiálise. Maria do Carmo foi a primeira mulher eleita senadora por Sergipe e uma das parlamentares mais longevas no Senado, ocupando uma cadeira na Casa por 24 anos, de 1999 até 2022.
Ao longo de seus três mandatos, Maria do Carmo teve um papel fundamental na fundação da bancada feminina, sendo uma das suas primeiras integrantes. Entre seus principais projetos estão o Pró-Mulher, que ofereceu educação e assistência médica gratuita para mulheres em comunidades carentes, e a lei que assegura assistência humanitária a presidiárias gestantes.
Natural de Cedro de São João, cidade do interior de Sergipe com cerca de seis mil habitantes, Maria do Carmo foi casada com o ex-governador de Sergipe, João Alves Filho (Democratas), falecido em 2020. Durante o governo de seu marido, ela atuou como secretária de governo em três ocasiões. Em 2022, Maria do Carmo decidiu não concorrer à reeleição e se aposentou da vida política.
Em seu último discurso no Senado, destacou seu compromisso com a defesa dos direitos das mulheres: “Trabalhei continuamente para enfrentar a violência doméstica contra a mulher e garantir o espaço feminino no mercado de trabalho, na ciência e na política. Acredito que pensar em políticas públicas de gênero é pensar também em desenvolvimento econômico.”
Em homenagem à sua trajetória, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decretou luto de três dias na Casa. A prefeitura de Aracaju e o Governo de Sergipe também decretaram luto oficial. Maria do Carmo deixa três filhos e netos.
Da Redação