João Pedro Ferraz vai acumular função com a de secretário do Trabalho, mas salário continuará o mesmo. Troca foi publicada no Diário Oficial.
A troca de comando na Secretaria de Educação do Distrito Federal foi oficializada na edição desta quarta-feira (21) do Diário Oficial do DF. Rafael Parente foi exonerado e substituído por João Pedro Ferraz, que acumulará a função com a de chefe da Secretaria do Trabalho.
Segundo a publicação, assinada pelo governador Ibaneis Rocha, Ferraz vai “responder interinamente” pela nova pasta, “sem acumular vencimento” – ou seja, continuará apenas com o salário recebido como secretário do Trabalho.
Exoneração de Rafael Parente e nomeação de João Pedro Ferraz na Secretaria de Educação do DF — Foto: Diário Oficial do DF/Reprodução
Ferraz terá o primeiro contato com o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro) às 11h desta quarta, em reunião no Palácio do Buriti. No encontro, será tratado o compartilhamento da gestão de escolas públicas da capital com a Polícia Militar.
Na terça (20), Ibaneis cogitou unir as duas pastas, transformando-as em Secretaria de Educação e Emprego, “porque as duas coisas estão juntas”, mas afirmou que o processo está em análise e não tem prazo para ser definido.
Entenda o caso
A gestão militarizada das escolas foi o estopim para a demissão de Rafael Parente. No sábado (17), o GDF organizou votações para análise da proposta em cinco unidades de educação.
Duas rejeitaram o modelo mas, na segunda (19), Ibaneis afirmou que implementaria o projeto nas cinco escolas, inclusive nas que votaram contra a medida. Segundo Parente, esse não era o compromisso firmado entre a comunidade escolar e a Secretaria de Educação.
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CED 7 de Ceilândia iniciou o ano letivo com a gestão compartilhada com a PM — Foto: Victor Gomes / G1DF
O secretário afirma que o acordo feito com a Secretaria de Segurança Pública, o Ministério Público do DF e a rede local previa que, para a implementação do projeto, seria necessária a aprovação da comunidade durante votação.
“Não é sensato você pegar um programa que é bom e forçar a barra para implementar em um lugar em que as pessoas não querem aquele programa.”
O ex-secretário de Educação do Distrito Federal Rafael Parente — Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Ibaneis, no entanto, manteve a decisão de aplicar a medida nas escolas que rejeitaram o projeto. O secretário afirmou que o governador “se antecipou” e anunciou a exoneração antes mesmo de comunicá-lo.
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Ao todo, oito escolas públicas do Distrito Federal trabalham com gestão compartilhada com a Polícia Militar, do início do ano letivo, em fevereiro, até o momento.
Fonte: G1 DF