Homem respondia ao processo em liberdade, mas agora será encarcerado
O Tribunal do Júri de Águas Claras condenou o motorista que provocou acidente que matou mãe e filha em Águas Claras. O caso ocorreu em maio de 2014. Pelos dois homicídios e duas lesões corporais,Rafael Yanovich Sadite foi condenado a 9 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão. Quanto ao crime de embriaguez ao volante, a pena estipulada foi de 1 ano, 7 meses e 15 dias de detenção, mais 14 dias-multa à razão de unitária de 1/30 do salário mínimo. A pena será cumprida, inicialmente, em regime fechado.
O julgamento durou mais de dez horas e ocorreu na última terça-feira (28). De acordo com a sentença, o réu dirigia o carro sob efeito de álcool e a 130 km/h, em via cuja velocidade máxima permitida é de 60 km/h, assumindo o risco de provocar um acidente fatal, o que de fato ocorreu. Alessandra Tibau Trino Oliveira e a filha dela, Júlia Trino Oliveira, não resistiram aos ferimentos. Gabriel Gomes Faria Oliveira e Leandro Ianoviche Adão ficaram feridos.
Prisão é “questão de ordem pública”
Rafael Sadite respondeu ao processo em liberdade. Mas, com a sentença condenatória, o juiz decretou a prisão preventiva dele, sob o argumento de que “do ponto de vista social, a ordem pública estaria ameaçada na medida em que a liberdade do acusado constituiria incentivo a que outras pessoas procedam da mesma forma no trânsito, movidas pela sensação de que nada lhes acontecerá e que a lei penal jamais poderá alcancá-las”. Cabe recurso da sentença.
Desde a instalação do Fórum de Águas Claras, esse foi o primeiro caso de dolo eventual no trânsito levado a júri na cidade. “Os jurados, em nome de toda a população de Águas Claras, disseram em alto e bom tom que não encaram as mortes no trânsito provocadas por motoristas embriagados e em alta velocidade como crimes culposos, mas sim como crimes dolosos, sendo necessária a imposição de penalidades adequadas à gravidade da conduta”, afirmou o promotor de Justiça Rafael Gustavo Reiner.
Fonte: Jornal de Brasília