Moraes solicita avaliação médica de Chiquinho Brazão enquanto ele está preso.

Agência Câmara

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (14) que o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) passe por uma avaliação médica no Presídio Federal em Campo Grande, onde está detido devido às investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018.

Segundo a decisão do ministro, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) terá um prazo de 48 horas para realizar a avaliação do estado de saúde do parlamentar.

Moraes ordenou que o Depen, responsável pela gestão da unidade prisional, elabore um relatório médico detalhado que ateste a necessidade de eventuais cuidados específicos fora do estabelecimento prisional.

A decisão foi motivada por um pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de Chiquinho Brazão, que alega que ele sofre de precordialgia atípica e estenose significativa na artéria, condições que exigiriam cuidados médicos que, segundo os advogados, não estão disponíveis na prisão.

Além de Chiquinho, estão detidos seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil do estado, Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar, Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos eles respondem por homicídio e organização criminosa, negando participação na morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na semana passada, Moraes confirmou a realização do júri popular que decidirá sobre a condenação dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pelo assassinato. O julgamento está marcado para o dia 30 deste mês, às 9h. Lessa, que firmou um acordo de delação premiada, é réu confesso do crime, afirmando que agiu a mando dos irmãos Brazão. Élcio foi o motorista do carro utilizado no assassinato.

Da Redação